A Coordenadoria da Juventude do Piauí (Cojuv), em parceria com a artista Luciana Leite, conhecida como LuRebordosa, encerrou a semana do projeto "Seja - Saberes e Educação com Juventudes e Arte" no Ceti Sigefredo Pacheco, zona sul de Teresina, com a pintura de um mural colaborativo feito pelos próprios estudantes. O evento promoveu diversas atividades para incentivar a arte-educação entre estudantes da rede pública, fortalecendo o protagonismo juvenil e o desenvolvimento social por meio da arte.
Segundo o coordenador da Cojuv, Everton Calisto, a arte possui um fator transformador para os jovens. "Através da arte, os jovens desenvolvem habilidades criativas, reflexão, empatia e trabalho em equipe. Esse processo fortalece a identidade deles e amplia suas perspectivas de futuro", disse.
Idealizadora do projeto, LuRebordosa destaca o papel transformador da arte. "A arte é uma forma de resistência, de narrar as próprias histórias e de combater preconceitos como racismo e intolerância. Acredito na arte como um caminho para a saúde mental e para o fortalecimento da identidade dos jovens. Eles precisam se sentir representados e ver o espaço da escola como uma extensão de sua casa", reflete.
A jovem Antoniele Silvestre, de 14 anos, participou do mural e afirma que a experiência teve um significado impactante. "Foi algo único, que inspira muitos jovens a seguir essa carreira artística e a entender mais como é a vida nas ruas de quem trabalha com arte. Gostei muito da experiência e acho que deveria acontecer em outros lugares também, não só aqui", aponta a estudante.
Diógenes de Sousa, estudante de 18 anos, compartilhou a alegria de ver sua ideia concretizada. "Sugeri que os alunos grafitassem a escola, uma ideia que a diretora já tinha, mas eu fui o estopim. Ela aceitou e deu certo! Escolhi colegas que são muito bons com o desenho, e ver isso se tornar realidade é incrível. Esse é meu último ano na escola, e fico muito feliz de poder deixar minha marca", comemora Diógenes.
Para Veruska Lauriana, diretora da escola, o impacto positivo do grafite é evidente. "O projeto veio num momento muito preciso, pois muitos alunos têm o hábito de pichar ou rabiscar as paredes da escola. Com o grafite, eles entenderam o valor da arte e como ela pode ser uma profissão. A escola se encheu de vida e alegria", concluiu.
O projeto Seja reafirma o poder da arte-educação como uma ferramenta de inclusão social e desenvolvimento pessoal, proporcionando aos jovens de Teresina um espaço para explorar seu potencial criativo e deixar suas marcas na comunidade.
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